Dos 258 partos realizados em Quissamã, entre 1º de janeiro e 22 de novembro deste ano, 14 foram de bebês prematuros. O número, aparentemente pequeno, representa aproximadamente 5,5% do total de nascimentos, o que é considerado alto, assim como é considerado alto, o número de adolescentes, que deram à luz prematuramente: 14,28%, segundo dados dos Programas de Saúde da Criança e do Adolescente e Triagem Neonatal, da Secretaria de Saúde de Quissamã.
Por esse motivo, a secretaria de Saúde, por meio dos Programas de Saúde da Criança e do Adolescente e Triagem Neonatal, realizou nesta quarta-feira (24), no Centro de Saúde Benedito Pinto das Chagas, pela primeira vez no município, uma roda de conversa sobre o Novembro Roxo, mês de sensibilização para a prematuridade. O evento contou com o relato de mães que tiveram seus filhos antes do tempo previsto e de profissionais que atuam no cuidado pós-alta hospitalar.
Flávia Batista, Coordenadora dos Programas de Saúde da Criança e do Adolescente e da Triagem Neonatal, destacou a importância do trabalho, já que foi o primeiro evento com essa temática, em Quissamã.
O que mais nos chamou a atenção, foi que 14% dos partos prematuros, ocorreram com adolescentes, afirmou Flávia Batista.
Novembro é o mês internacional de sensibilização da prematuridade, tema delicado, mas que precisa ser abordado visando mudar a realidade, no aspecto das políticas públicas de Saúde. De acordo com dados da OMS - Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o 10º país com maior número de partos prematuros em todo o Mundo, com cerca de 340 mil nascimentos de bebês nessas condições, anualmente.
O nascimento de uma criança é considerado prematuro, quando um bebê nasce antes de completar 37 semanas de gestação. Se o nascimento ocorrer antes das 28 semanas, é um prematuro extremo. Adriana Rocha, psicopedagoga; Alessandra Pinto, coordenadora de Enfermagem da Maternidade, no Hospital Municipal Mariana Maria de Jesus HMMMJ e Milena Vieira, Coordenadora da Estratégia de Saúde da Família ESF, puderam trocar informações com as mães dos bebês prematuros.
Segundo a enfermeira Daiana Chagas, até mesmo para pessoas da área da Saúde, é uma experiência traumática, quando a pessoa precisa deixar o filho que nasceu antes do tempo, em uma UTI neonatal, sob os cuidados de outras pessoas, mesmo que os pais saibam que aquela criança será cuidada por profissionais experientes:
Quando você deixa seu filho e vai embora, com a bolsa dele montada, sem usar nenhuma roupinha que foi comprada, lavada, passada com todo amor do mundo, a realidade nos assusta. O seu lado prático de enfermeira, desaparece, pois ali é a mãe de primeira viagem. O medo e angústia nos dominam e em muitos casos, até paralisam. Receber o suporte da família é fundamental, principalmente na hora da alta, que a gente pergunta: e agora?
Flávia Batista, afirma que a prematuridade é mais comum do que imagina grande parte da população: "é uma condição de nascimento que abala a estrutura dos pais, pois cai por terra toda a expectativa gerada diante da chegada de uma nova vida. Em muitos casos, o bebê corre risco de vida, passa por longo período de internação nas unidades neonatais. A boa notícia é que na grande maioria dos casos, é uma condição que se pode prevenir com um pré-natal bem-feito", orienta.
A nutricionista Lívia Previtali, mãe do menino Pedro Emanuel, atualmente com seis anos, viu seu mundo ruir quando, com 27 semanas e seis dias, precisou ser internada para ter o seu bebê.
Fiz o pré-natal na USF de Barra do Furado e estava tudo normal, até que comecei a sentir taquicardia, vômito, enjoo e a minha pressão aumentou. Tive meu filho no hospital de Quissamã e ele nasceu com 31 centímetros e apenas 750 gramas. Foi muito difícil, pois o prognóstico não era nada bom, mas a gente busca forças em lugares que desconhecemos para lutarmos. Foram 75 dias internados: 60 na UTI neonatal e 15 na UTI pediátrica, além de cinco dias, entubado. Mas, faria tudo outra vez, quando olho para ele ao meu lado.
Segundo Caroline Manhães Ferreira, mãe de Maria Gabriele Manhães Andrade, no momento com dois anos e um mês, "ela é um milagre de Deus, pois foram três paradas cardíacas assim que nasceu". Caroline tem fenda palatina e lábio leporino, ainda não anda, não fala, "mas eu persevero com fé e estarei com ela até o final", concluiu.
Dos 258 partos realizados em Quissamã, entre 1º de janeiro e 22 de novembro deste ano, 14 foram de bebês prematuros. O número, aparentemente pequeno, representa aproximadamente 5,5% do total de nascimentos, o que é considerado alto, assim como é considerado alto, o número de adolescentes, que deram à luz prematuramente: 14,28%, segundo dados dos Programas de Saúde da Criança e do Adolescente e Triagem Neonatal, da Secretaria de Saúde de Quissamã.
Por esse motivo, a secretaria de Saúde, por meio dos Programas de Saúde da Criança e do Adolescente e Triagem Neonatal, realizou nesta quarta-feira (24), no Centro de Saúde Benedito Pinto das Chagas, pela primeira vez no município, uma roda de conversa sobre o Novembro Roxo, mês de sensibilização para a prematuridade. O evento contou com o relato de mães que tiveram seus filhos antes do tempo previsto e de profissionais que atuam no cuidado pós-alta hospitalar.
Flávia Batista, Coordenadora dos Programas de Saúde da Criança e do Adolescente e da Triagem Neonatal, destacou a importância do trabalho, já que foi o primeiro evento com essa temática, em Quissamã.
O que mais nos chamou a atenção, foi que 14% dos partos prematuros, ocorreram com adolescentes, afirmou Flávia Batista.
Novembro é o mês internacional de sensibilização da prematuridade, tema delicado, mas que precisa ser abordado visando mudar a realidade, no aspecto das políticas públicas de Saúde. De acordo com dados da OMS - Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o 10º país com maior número de partos prematuros em todo o Mundo, com cerca de 340 mil nascimentos de bebês nessas condições, anualmente.
O nascimento de uma criança é considerado prematuro, quando um bebê nasce antes de completar 37 semanas de gestação. Se o nascimento ocorrer antes das 28 semanas, é um prematuro extremo. Adriana Rocha, psicopedagoga; Alessandra Pinto, coordenadora de Enfermagem da Maternidade, no Hospital Municipal Mariana Maria de Jesus HMMMJ e Milena Vieira, Coordenadora da Estratégia de Saúde da Família ESF, puderam trocar informações com as mães dos bebês prematuros.
Segundo a enfermeira Daiana Chagas, até mesmo para pessoas da área da Saúde, é uma experiência traumática, quando a pessoa precisa deixar o filho que nasceu antes do tempo, em uma UTI neonatal, sob os cuidados de outras pessoas, mesmo que os pais saibam que aquela criança será cuidada por profissionais experientes:
Quando você deixa seu filho e vai embora, com a bolsa dele montada, sem usar nenhuma roupinha que foi comprada, lavada, passada com todo amor do mundo, a realidade nos assusta. O seu lado prático de enfermeira, desaparece, pois ali é a mãe de primeira viagem. O medo e angústia nos dominam e em muitos casos, até paralisam. Receber o suporte da família é fundamental, principalmente na hora da alta, que a gente pergunta: e agora?
Flávia Batista, afirma que a prematuridade é mais comum do que imagina grande parte da população: "é uma condição de nascimento que abala a estrutura dos pais, pois cai por terra toda a expectativa gerada diante da chegada de uma nova vida. Em muitos casos, o bebê corre risco de vida, passa por longo período de internação nas unidades neonatais. A boa notícia é que na grande maioria dos casos, é uma condição que se pode prevenir com um pré-natal bem-feito", orienta.
A nutricionista Lívia Previtali, mãe do menino Pedro Emanuel, atualmente com seis anos, viu seu mundo ruir quando, com 27 semanas e seis dias, precisou ser internada para ter o seu bebê.
Fiz o pré-natal na USF de Barra do Furado e estava tudo normal, até que comecei a sentir taquicardia, vômito, enjoo e a minha pressão aumentou. Tive meu filho no hospital de Quissamã e ele nasceu com 31 centímetros e apenas 750 gramas. Foi muito difícil, pois o prognóstico não era nada bom, mas a gente busca forças em lugares que desconhecemos para lutarmos. Foram 75 dias internados: 60 na UTI neonatal e 15 na UTI pediátrica, além de cinco dias, entubado. Mas, faria tudo outra vez, quando olho para ele ao meu lado.
Segundo Caroline Manhães Ferreira, mãe de Maria Gabriele Manhães Andrade, no momento com dois anos e um mês, "ela é um milagre de Deus, pois foram três paradas cardíacas assim que nasceu". Caroline tem fenda palatina e lábio leporino, ainda não anda, não fala, "mas eu persevero com fé e estarei com ela até o final", concluiu.