Com uma programação de atividades diversas, a comemoração do Dia da Consciência Negra, em Quissamã, aconteceu nesta segunda-feira (20) no Quilombo Machadinha, com ações no Memorial e na Casa de Arte, que recebeu grande fluxo de quissamaenses e também dos turistas que passaram o feriado no município.
No Memorial aconteceu a oficina de tranças afros e de amarração de faixas e turbantes, o que movimentou as mulheres presentes. Já na Casa de Arte tudo começou com uma grande e saborosa feijoada, que foi seguida pela apresentação do Jongo, pelo Grupo Tambores de Machadinha, que levou, inclusive, alguns dos presentes a participar da dança.
O Sarau das Pretas, espetáculo teatral apresentado por cinco atrizes e músicas, fez a todos pensar e reavaliar a questão do preconceito na sociedade brasileira, mostrando situações pelas quais as negras e negros passam cotidianamente e emocionou a muitos. Já o Bloco da Vista Cansada, composto por Adriana Medeiros e mais quatro músicos apresentou o espetáculo Abalô de Abadô com músicas e ritmos que, de alguma forma, tem vertentes africanas, como o maracatu e axé, entre outras. E o dia foi fechado com todos cantando, dançando e, com certeza, querendo ainda mais.
A atriz Adriana Medeiros, que escreveu o roteiro do Sarau das Pretas e montou o grupo, falou sobre a importância de se valorizar a cultura e também as características da etnia. "Tudo teve início com um edital do Serviço Social da Indústria Sesi, voltado para as questões afro-brasileiras e como eu já tinha na cabeça esse sarau, escrevi o roteiro que tem coisas nossas, de Elisa Lucinda, Adriano Moura, Castro Alves, enfim, tem as pretadas todas e de todos os níveis e aí, convidei as meninas", explicou. E como havia a solicitação de uma oficina, ela convidou o EncresCampos, que desenvolve um trabalho de valorização do cabelo afro.
"Tivemos público recorde nos dois eventos, que movimentaram a cidade e trouxeram turistas para refletir o 20 de novembro, onde pudemos perceber que o recado foi dado, que a comunidade negra está, realmente, ocupando seus espaços e seu papel na sociedade. Lá no Sítio Santa Luzia pudemos ver isso claramente, quando se formou uma roda de Jongo e as pessoas da comunidade, que já não dançavam há muitos anos, se juntaram e voltaram a dançar. Foi muito Gratificante", avaliou Wagner Firmino.
"Para o feriado prolongado a Coordenação de Cultura programou eventos múltiplos, com início no sábado, com a abertura do Música na Praça, que levou à praça centra, apresentações de dança, teatro e música, tudo baseado na obra de Djavan. E, para as comemorações do dia 20 de novembro, tivemos apresentações que falaram das questões raciais e, para quem assistiu, acredito que a partir de agora, antes de tecer qualquer comentário racista, vai pensar duas vezes, porque a mensagem foi muito clara e direta, levando o grupo a ser aplaudido de pé. A comemoração aconteceu da forma que foi possível, com garra, com afinco e determinação, onde também pudemos perceber que as comunidades foram participativas. Agora é nos prepararmos para o próximo ano", afirmou o coordenador de Cultura, Oscar Luiz Chagas.
Para a quissamaense Mary Rute Lopes da Cunha, o evento traz lembranças, já que nasceu em Machadinha. "Sou neta de Felizarda, que dá nome à escola daqui, nasci na senzala número cinco, e sempre estou por aqui. E como as amigas aceitaram o convite, eu as trouxe para conhecer um pouco dessa cultura e elas adoraram". Já duas de suas amigas de Maricá, Malu e Cristina Nogueira, disseram ter gostado muito do evento e que, se forem convidadas, voltarão para prestigiar outros como esse, de resgate à cultura africana.
Com uma programação de atividades diversas, a comemoração do Dia da Consciência Negra, em Quissamã, aconteceu nesta segunda-feira (20) no Quilombo Machadinha, com ações no Memorial e na Casa de Arte, que recebeu grande fluxo de quissamaenses e também dos turistas que passaram o feriado no município.
No Memorial aconteceu a oficina de tranças afros e de amarração de faixas e turbantes, o que movimentou as mulheres presentes. Já na Casa de Arte tudo começou com uma grande e saborosa feijoada, que foi seguida pela apresentação do Jongo, pelo Grupo Tambores de Machadinha, que levou, inclusive, alguns dos presentes a participar da dança.
O Sarau das Pretas, espetáculo teatral apresentado por cinco atrizes e músicas, fez a todos pensar e reavaliar a questão do preconceito na sociedade brasileira, mostrando situações pelas quais as negras e negros passam cotidianamente e emocionou a muitos. Já o Bloco da Vista Cansada, composto por Adriana Medeiros e mais quatro músicos apresentou o espetáculo Abalô de Abadô com músicas e ritmos que, de alguma forma, tem vertentes africanas, como o maracatu e axé, entre outras. E o dia foi fechado com todos cantando, dançando e, com certeza, querendo ainda mais.
A atriz Adriana Medeiros, que escreveu o roteiro do Sarau das Pretas e montou o grupo, falou sobre a importância de se valorizar a cultura e também as características da etnia. "Tudo teve início com um edital do Serviço Social da Indústria Sesi, voltado para as questões afro-brasileiras e como eu já tinha na cabeça esse sarau, escrevi o roteiro que tem coisas nossas, de Elisa Lucinda, Adriano Moura, Castro Alves, enfim, tem as pretadas todas e de todos os níveis e aí, convidei as meninas", explicou. E como havia a solicitação de uma oficina, ela convidou o EncresCampos, que desenvolve um trabalho de valorização do cabelo afro.
"Tivemos público recorde nos dois eventos, que movimentaram a cidade e trouxeram turistas para refletir o 20 de novembro, onde pudemos perceber que o recado foi dado, que a comunidade negra está, realmente, ocupando seus espaços e seu papel na sociedade. Lá no Sítio Santa Luzia pudemos ver isso claramente, quando se formou uma roda de Jongo e as pessoas da comunidade, que já não dançavam há muitos anos, se juntaram e voltaram a dançar. Foi muito Gratificante", avaliou Wagner Firmino.
"Para o feriado prolongado a Coordenação de Cultura programou eventos múltiplos, com início no sábado, com a abertura do Música na Praça, que levou à praça centra, apresentações de dança, teatro e música, tudo baseado na obra de Djavan. E, para as comemorações do dia 20 de novembro, tivemos apresentações que falaram das questões raciais e, para quem assistiu, acredito que a partir de agora, antes de tecer qualquer comentário racista, vai pensar duas vezes, porque a mensagem foi muito clara e direta, levando o grupo a ser aplaudido de pé. A comemoração aconteceu da forma que foi possível, com garra, com afinco e determinação, onde também pudemos perceber que as comunidades foram participativas. Agora é nos prepararmos para o próximo ano", afirmou o coordenador de Cultura, Oscar Luiz Chagas.
Para a quissamaense Mary Rute Lopes da Cunha, o evento traz lembranças, já que nasceu em Machadinha. "Sou neta de Felizarda, que dá nome à escola daqui, nasci na senzala número cinco, e sempre estou por aqui. E como as amigas aceitaram o convite, eu as trouxe para conhecer um pouco dessa cultura e elas adoraram". Já duas de suas amigas de Maricá, Malu e Cristina Nogueira, disseram ter gostado muito do evento e que, se forem convidadas, voltarão para prestigiar outros como esse, de resgate à cultura africana.